segunda-feira, 27 de julho de 2009

Oficina 2 - TP4 Data:09/07/2009





A oficina de fechamento do TP4 teve como objetivo desenvolver o ensino da escrita como um processo que necessita de planejamento e procedimentos adequados na ajuda à leitura do aluno.
Como de costume, realizamos uma dinâmica para descontração antes de dar início às atividades do encontro.Após a dinâmica os cursistas fizeram os relatos das lições de casa trocando experiências e dando sugestões sobre as atividades escolhidas.
No segundo momento da oficina fizemos a leitura do texto de referência e iniciamos as dicussões sobre os conteúdos das unidades 15 e 16 com o tema leitura e escrita. Questionamentos como: "Qual a finalidade da leitura?", "Como aprender o que se lê?" "Escrever é um dom?" "Como despertar o gosto pela escrita?" surgiram e levaram a uma ótima reflexão sobre o verdadeiro papel da leitura e escrita na escola e na vida.
Em seguida, apresentei aos cursistas slides com sugestões sobre como corrigir as produções dos alunos, o que levou a um debate muito significativo.
Dando sequência ao planejamento do encontro, começamos os trabalhos em torno do texto "Admirável Mundo Louco", de Ruth Rocha, e cada cursista explanou suas respostas em relação ao mesmo.
Após um pequeno intervalo, começamos as atividades da parte III da oficina. Os professores foram divididos em dois grupos e planejaram duas aulas a partir de imagens exibidas na sugestão da oficina. Cada grupo apresentou através de cartazes, seu planjamento de acordo à sua turma.
Seguindo a linha de cada encontro fizemos a avaliação da oficina e depois desta lancei a pergunta: "O que a palavra ESTILO lhe diz?" como preparo para o próximo encontro.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

OFICINA 1 - TP4 DATA: 28/05/2009

Com o objetivo de refletir sobre Letramento e reconhecer texto e leitor como criadores de significado, realizou-se a primeira oficina de sistematização do TP4.
Essa oficina foi, até agora, a mais difícil no que diz respeito aos conteúdos das unidades estudadas, principalmente Letramento. Era um assunto completamente novo para os cursistas e por isso surgiram muitas dúvidas.
Com o desenvolvimento das oficinas percebi que há um aproveitamento maior quando começamos com os relatos das lições de casa. Como só tenho cinco cursistas, e isso é um problema que tento me desviar a cada encontro, sempre destino um tempo maior para a discussão dos conteúdos e menor para os relatos, por causa do fator quantidade.
A preferência por começar pelos relatos se deu porque percebi que a sequência RELATOS-DISCUSSÃO-ATIVIDADE DE SISTEMATIZAÇÃO-AVALIAÇÃO-SONDAGEM, faz com que os trabalhos se desenvolvam melhor. Discutir os assuntos estudados e passar para a atividade proposta dá mais harmonia ao conjunto de estratégias utilizado para o encontro.
Após os relatos, começamos os estudos com a leitura do texto de referência e todos expuseram seus pontos de vista e dúvidas mais importantes levando a um debate muito significativo.
Como revisão dos conteúdos estudados fiz uma apresentação em slides sobre Letramento e um estudo de uma entrevista com Magda Soares sobre o tema. Após um breve intervalo, antes da parte III da oficina, apresentei os slides com placas sugerido no 1° encontro da formação como análise dos vários níveis de Letramento. Ainda como discussão dos conteúdos chegamos ao tema "O significado do texto", e todos deram opiniões e trocaram experiências.
A partir daí, a oficina se desenvolveu da forma esperada com o trabalho em torno do poema "Cidadezinha Qualquer". Antes de iniciarmos, apresentei aos cursistas informações sobre Drummond com fotos da sua cidade natal, Itabira. Depois da leitura em voz alta do poema, os cursistas apresentaram suas conclusões fazendo uma avaliação dos planejamentos propostos.
Na avaliação do encontro surgiu uma discussão que levou a um posicionamento por parte dos presentes que merece destaque: o tempo destinado às oficinas. Chegamos à conclusão que as atividades desenvolvidas nos estudos individuais deveriam ter uma maior consideração e serem discutidas uma a uma com mais calma, onde cada cursista pudesse expor suas respostas e levá-las a uma discussão em grupo.
Sabemos que o estudo individual é um compromisso que o cursista fez ao aderir ao curso, mas também sabemos que um estudo em grupo pode ser bem mais significativo. Fica a sugestão de um encontro para cada unidade dos TPs com um momento de revisão de todas as atividades feitas em casa.
Por fim, após a investigação dos conhecimentos prévios sobre os próximos conteúdos, exibi o vídeo "Quem mexeu no meu queijo?", para reforçar a idéia de que devemos ter coragem para encarar o novo, deixando para trás hábitos que não nos deixam seguir em frente na função de educadores.

terça-feira, 14 de julho de 2009

PAÍS EMERGENTE, EDUCAÇÃO SUBMERSA... (Marcos Bagno) - COMENTÁRIO

Ah! Educação, quantos questionamentos...

O que esperar de uma classe que corre risco, vive sobre tensão, com baixos salários? É justo um brasileiro que ganha mais de R$ 10.000,00 mensais não ter conhecimento do que é a Lei Maria da Penha? O que esperar de um trabalhador que ganha pouco? Somente o amor constrói?
Na Coréia do Sul, tira-se a nata da universidade para o ensino público. Os salários são de alto nível, com aumentos significativos para especializações e o mais importante, há respeito perante os professores. O básico foi feito?
Será que vale mesmo a pena "alfabetizar" esse país? O que as pessoas preferem? Ganhar muito e não saber o que significa a sigla de CPI ou ganhar pouco, mas saber interpretar textos, decifrar problemas lógicos, conhecer coisas sobre a terra, o fogo, a água, o ar, o funcionamento dos organismos vivos, a relação entre seres bióticos e abióticos?
Definitivamente não é esse tipo de pessoas que a classe dirigente do nosso país quer ver. Quanto menos se sabe, mais fácil dominar. Há um ditado árabe que diz: "A ignorância é vizinha da maldade".
Nesse mar de corrupção (redundante, mas realidade), para um jovem, o que impõe poder? Armas ou certificados? Ter uma vida curta, porém "equilibrada" financeiramente ou uma vida longa com poucas possibilidades de desenvolvimento? Melhor ser analfabeto funcional?
O que é muito triste é comprovar, como disse Bagno, que "a maioria do professorado também se inclui em um apavorante índice de analfabetismo funcional". Como é que nossa classe vai ter respeito se parte dela (sendo positiva), não se recicla, não lê, preocupa-se mais com a aposentadoria do que com os alunos? Sabemos de todas as mazelas que giram e não só giram, como estão intrincadas na educação: o desgosto, a insegurança, o cansaço, o desânimo e muitos outros adjetivos que rondam esse setor tão massacrado. Mas por outro lado, escolhemos a profissão e temos que honrá-la para garantir no mínimo respeito. É claro que precisamos lutar contra tudo que não deixa a educação emergir, mas até para se manifestar melhor é necessário saber se expressar melhor. Como esperar isso de quem não consegue escrever ao menos algumas linhas sobre um assunto qualquer?
A esses questionamentos, cabe ao leitor decidir. Concordo com Bagno, só não podemos generalizar, pois os profissionais das escolas públicas que formam a base do ensino são guerreiros de giz na mão. Os bons profissionais estão por aí submersos no sistema educacional do país, movidos apenas por amor e a ideologia de que com educação pode-se construir uma nação melhor.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

OFICINA 2 - TP3 - UNIDADE 12 DATA: 14/05/2009

A segunda oficina realizada tendo como parâmetro o TP3, teve como objetivo geral a caracterização de sequências tipológicas relacionando-as à classificação de gêneros. Antes de iniciar a discussão sobre as unidades estudadas no período que antecedeu a oficina, apresentei um gráfico de tipos textuais chamado "Classificação segundo Werlich", para confrontar com opiniões de outros autores e também dos cursistas. A partir daí iniciou-se um proveitoso diálogo sobre os tipos textuais e como eles são representados pelos gêneros. Após as discussões foi feita a leitura reflexiva do texto de referência "Descrição e dissertação" de Fiorin e Platão, e como sistematização da aprendizagem dos temas estudados nas unidades 11 e 12 analisasmos em grupos as atividades 5 (unidade 11) e 4(unidade 12). Em um momento de descontração fizemos a leitura do texto "Os diferentes estilos", de Paulo Mendes Campos, que foi muito bem aceito pelos cursistas. Em seguida foi o momento dos relatos das experiências com o "Avançando na Prática", onde cada cursista falou sobre a atividade desenvolvida, relatando dificuldades e pontos positivos e o mais importante, trocando experiências. Nessa oficina em especial, senti a necessidade de discutir mais uma vez sobre os direitos e deveres dos cursistas e enfatizar o estudo individual, já que percebi que eles não se prepararam devidamente para o encontro. Aproveitei a oportunidade e fiz a leitura compartilhada do texto "As tarefas da educação", de Rubem Alves. A partir desse momento realizamos a parte III da oficina trabalhando com o texto "Composição: O salário mínimo", de Jô Soares e assim os profesores aplicaram o que apremderam a respeito dos temas estudados. Em seguida fizemos a avaliação da oficina e os cursistas assumiram que fizeram um estudo individualizado superficial e que sentiram que isso só atrapalhou o andamento da oficina. Depois da avaliação reservei um tempo para discutirmos o projeto e foi muito proveitoso, pois existiam algumas dúvidas que foram sanadas com esse momento. No mais, o encontro se desenvolveu da forma esperada tendo como finalização a exploração dos conhecimentos prévios, aguçando o interesse dos cursistas sobre a idéia que eles fazem de letramento. Como mensagem final foi exibido o vídeo: O Tronco. Esse vídeo foi escolhido devido ao fato de os professores estarem desanimados e culparem muito o velho "sistema". Acredito que há uma necessidade gritante de pararmos de reclamar e ajudarmos de forma significativa a melhorar a situaçao da educação desse país.