terça-feira, 15 de dezembro de 2009

50 anos da morte de Villa-Lobos



“Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo" (Heitor Villa-Lobos)

Há 50 anos, em 17 de novembro, morria no Rio de Janeiro Heitor Villa-Lobos, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Música. Considerado, ainda em vida, o maior compositor das Américas, Villa-Lobos trabalhou na fronteira entre a música popular e a erudita, sendo marcante na sua obra a presença de elementos do folclore brasileiro. Ao longo de seus 72 anos, Villa-Lobos compôs aproximadamente mil peças cuja importância reside, principalmente, no fato de ter reformulado o conceito brasileiro de nacionalismo musical, tornando-se seu maior expoente. Foi também de grande importância a contribuição que Villa-lobos deu para a educação musical dos jovens brasileiros de sua época. Leia a seguir o que está registrado no site do Museu Villa-Lobos, mostrando a porção educadora deste genial compositor:

“Villa-Lobos preocupa-se com o descaso com que a música é tratada nas escolas brasileiras e acaba por apresentar um revolucionário plano de Educação Musical à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. A aprovação do seu projeto leva-o a mudar-se definitivamente para o Brasil.

Em 1931, reunindo representações de todas as classes sociais paulistas, organiza uma concentração orfeônica chamada "Exortação Cívica", com a participação de cerca de 12 mil vozes.

Após dois anos de trabalho em São Paulo, Villa-Lobos foi convidado oficialmente por Anísio Teixeira, então Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro, para organizar e dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística (SEMA), que introduz o ensino da música e do canto coral nas escolas.

Como conseqüência do seu trabalho educativo, embarca para a Europa, em 1936, como representante do Brasil no Congresso de Educação Musical em Praga.

De retorno ao Brasil, ainda em 1936, une-se à sua secretária, Arminda Neves d'Almeida.

Com o apoio do então presidente da República, Getúlio Vargas, organiza concentrações orfeônicas grandiosas que chegam a reunir, sob sua regência, até 40 mil escolares, e, em 1942, cria o Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, cujos objetivos são: formar candidatos ao magistério orfeônico nas escolas primárias e secundárias; estudar e elaborar diretrizes para o ensino do canto orfeônico no Brasil; promover trabalhos de musicologia brasileira; realizar gravações de discos etc.”

Para conhecer um pouco mais sobre Villa-Lobos, propomos que você:

· leia a reportagem publicada no Jornal A União
· acompanhe a entrevista realizada pela WebTV da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Moinhos de Vento

Voltando no tempo sobre a minha vida de leitora, definitivamente não foi na escola que descobri essa paixão. As letras já fazem parte da minha vida há muito tempo, desde quando eu ia ver meu pai trabalhar. Não, ele não é professor, nem tão pouco escritor. É ferreiro, profissão milenar que fabrica peças de metal, principalmente ferros com letras para marcar gado, manualmente em um processo maravilhoso de desenho das letras no barro para fazer os moldes. Era ali que eu me encantava quando saía da escola e ia correndo para lá. Nunca vi letras tão lindas brotadas da mão de um homem que só estudou até a 4ª série.
A outra parte da família é toda ligada à área de linguagem e por isso tive contato muito cedo com livros. Minha mãe é uma devoradora de livros e o que nunca faltou na casa em que eu cresci foi uma estante cheinha deles que era abastecida a cada mês com a visita de Pedro. Ah! Como ele me fazia feliz. Como naquela época não existiam muitas livrarias, até hoje em minha cidade não tem (é meu sonho de consumo ter uma), o Pedro vinha de Minas vender livros pelas escolas aqui de Potiraguá e como minha mãe trabalhava em uma delas, quando ele chegava mandava me chamar e eu amava aquilo tudo: caixas de livros, coleções, livros infantis...
Meu primeiro "O Pequeno Príncipe" era mineiro. Viajou de Belo Horizonte até aqui só para me ver. Livro de criança que nada, até hoje é a minha releitura preferida.
Sempre gostei de coleções, ficava maravilhada com todos aqueles livros com capas iguais. Uma vez, em meados de 88, implorei minha mãe que me desse a coleção de Eça de Queiroz (confesso que não consegui ler todos até hoje), só porque eram todos encadernados de verde e branco, muito lindos, os tenho até hoje na minha estante que por sinal é a mesma que foi de minha mãe.
E assim se passaram muitas coleções na minha vida, de Sheldon aos imortais da literatura com os clássicos que também são minha paixão: Germinal, Os Três Mosqueteiros, As Viagens de Gulliver, Dom Casmurro, O Morro dos Ventos Uivantes e tantos outros.
Mas leio também literatura barata, não tenho vergonha de dizer. Nós temos que ler o que gostamos, o que nos dá prazer. Já tive fases de "Sabrina", de paixão por Paulo Coelho, enquanto não lia todos não sossegava, sempre gostei mais de literatura americana do que brasileira, não consigo ler Jorge Amado e acho que ninguém deve exigir que gostemos de algum autor ou livro só por causa das convenções.
Livro é como uma relação que você tem com outra pessoa. Você pode ser amigo, gostar um pouco, gostar muito, detestar, não suportar, amar, apaixonar-se perdidamente e até fazer loucura por ele. Dom Quixote por exemplo é o meu amante incondicional, paixão que nunca vai passar, daquelas avassaladoras.
Quando o livro "A menina que roubava livros" foi lançado tive lembranças que me fizeram dar risada, porque eu sempre falava que a única coisa que eu era capaz de roubar era livros. E já o fiz uma vez, mas essa é outra história. A minha relação com os livros é assim, totalmente possessiva, adoro tê-los perto de mim, não gosto de emprestá-los, pois tenho medo que encontrem um lugar melhor e não voltem e odeio devolvê-los quando empresto de alguém.
Parece meio louco não é? É pessoal, quixotismo pega.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Oficina II - TP1

No dia 19/11/2009 realizamos a última oficina do TP 1 tendo o texto e a intertextualidade como foco. Começamos com os relatos das experiências em sala de aula com destaque para o Avançando na Prática da página 150, uma sugestão de atividade muito interessante para tratar do conceito de ponto de vista.
A partir daí começamos a discutir o conceito de texto e os cursistas exporam os pontos onde apresentaram dificuldades de entendimento e apresentaram seus pontos de vista sobre os assuntos abordados nas unidades 3 e 4. Nesse momento achamos relevante uma leitura dirigida do texto de referência da unidade 3 ampliando os conhecimentos sobre leitura.
Para abordar o conceito intertextualidade sugeri que os professores divididos em dois grupos produzissem textos a partir da fábula "A raposa e as uvas" usando um dos tipos de intertextualidade. Um dos grupos usou a paráfrase e o outro elaborou uma paródia. As atividades ficaram bastante interessantes. Após as discussões sobre intertextualidade fizemos a leitura do texto A Língua e os professores elaboraram planos de atividades de leitura e produção de texto para as séries de 5ª a 8ª.
Cada grupo apresentou sua proposta utilizando cartazes.
Ao final fizemos a avaliação da oficina e discutimos um pouco sobre o que nos espera no próximo TP que trata dos conteúdos de leitura e produção de textos.

Oficina I - TP1 29.10.2009

O objetivo da 1ª oficina do TP1 foi identificar os principais dialetos e registros da língua portuguesa caracterizando as línguas oral e escrita.
Iniciamos a oficina com o vídeo "Preconceito Linguístico" que nos levou a uma boa introdução sobre o tema. Após o vídeo os cursistas fizeram seus relatos e trocaram experiências sobre as atividades do "Avançando na Prática".
Em seguida começamos a discussão sobre os conteúdos estudados nas unidades 1 e 2. Discutimos os tipos de dialetos, idioleto, registros e os cursistas puderam tirar suas dúvidas esclarecendo tudo o que não foi apreendido durante os estudos individuais. Para fechar essas reflexões fizemos a leitura do texto "Levo ou Deixo" que todos adoraram.
Apresentei também como recursos de apoio o vídeo "Como o brasileiro elogia a mulher" e o texto "Receita Mineira". Dando sequência os cursistas desenvolveram as atividades propostas no TP em torno da crônica "A outra senhora" de Drummond. Depois de todas as apresentações fizemos o fechamento da oficina com o documentário "Língua, vidas em português".

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

PROJETO







Formação Continuada para Professores dos Anos/séries Finais
Ensino Fundamental
Língua Portuguesa
Formadora: Izisllândia Thame Alves









Gêneros Textuais e suas Marcas linguísticas








Potiraguá – Bahia
13 de outubro de 2009



Formação Continuada para Professores dos Anos/séries Finais
Ensino Fundamental
Língua Portuguesa
Formadora: Izisllândia Thame Alves





Por: Carlos André de Jesus Chaves
Maria da Conceição Souza Silva
Najara Santana Silva
Suely Ferraz de Oliveira
Wliana Oliveira Porto Santos













Potiraguá – Bahia
13 de outubro de 2009.


Formação Continuada para Professores dos Anos/séries Finais
Ensino Fundamental
Língua Portuguesa
Formadora: Izisllândia Thame Alves










MENSAGEM

“Aos que fazem da ação docente, uma atuação de amor.
Aos que não se tornaram vítimas, ou foram vitimados pelo sistema.
Aos que ainda acreditam (apesar de tudo) e lutam (apesar de muitos), pela promoção humana.
E a nós, que nos embates da vida nos encontramos (não por acaso, com certeza),
Para juntos descobrirmos que Aprender é algo mágico, maravilhoso, singular e que nenhum obstáculo irá nos impedir de buscar conhecimento”.



















IDENTIFICAÇÃO

Nome do Projeto: Gêneros Textuais e suas Marcas Linguisticas.

Área de Conhecimento: Língua Portuguesa
Língua Estrangeira Moderna (inglês)
Matemática
Historia
Geografia
Educação Artística
Ciências

Instituição: Colégio Municipal Maria Azevedo
Avenida Antonio Carlos Magalhães, S/N-Alto da Colina


PROBLEMÁTICA


No mundo do letramento, da globalização e da tecnologia, os alunos estão adquirindo habilidades e competências mínimas para ingressar no mundo letrado? A escola tem cumprido com a sua função social de construir e sistematizar esse conhecimento?

JUSTIFICATIVA


A vivência continua do ato de ler e escrever capacitará o aluno para encontrar soluções nas situações – problemas do dia-a-dia. Por meio do letramento, o individuo pode conhecer e compreender textos de diferentes áreas do conhecimento. Proporcionando um conhecimento de mundo. Para adquirir tais habilidades se faz necessário conhecer os gêneros textuais e a sua aplicação na vida cotidiana.


FUNDAMENTAÇÃO


De acordo com os PCNs ( Parâmetros Curriculares Nacionais ) , aprendizagem de língua portuguesa deve estar voltado para a função social da língua . Este é um requisito básico para que a pessoa ingresse no mundo letrado , a fim de construir seu processo de cidadania e , ainda , para que consiga se integrar á sociedade deforma ativa e a mais autônoma possível . Para tanto o aluno precisa interagir verbalmente , ser capaz de compreender e capacitar de um dialogo ou de uma conversa de produzir textos escritos , dos diversos gêneros que circulam socialmente .
Ler e escrever por suas particularidades formais e funcionais , são também competências mais especificamente desenvolvidas no âmbito escolar . Tanto os textos escritos de uso mais familiar ( como o bilhete , carta ) , os textos de domínio publico ( como o artigo , a noticia , a reportagem , o aviso , o anuncio , o conto , a crônica , etc. ) são objetos de estudo sistemático da escola . Na perspectiva de Perrenoud , competência é a capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação , apoiando-se em conhecimentos , mas sem se limitar a eles.
Para enfrentar uma situação , geralmente , colocam-se em ação vários assuntos cognitivos . Para Perrenoud , “ quase toda ação mobiliza alguns conhecimentos algumas vezes elementares e esparsos , outras vezes complexos e organizados em rede “ . Assim as competências cognitivas podem ser entendidas como as diferentes mobilidades estruturais da inteligência que compreendem determinadas operações que o sujeito utiliza para estabelecer relações com e entre os sujeitos físicos , conceituais , fenômenos e pessoas .
Os gêneros textuais são instrumentos que devem ser utilizados na formação do cidadão de forma abrangente , pois é por meio dele que podemos fazer com que o individuo tenha contato com vários textos orais e escritos que fazem parte de seu dia-a-dia e, assim , inserirem.
Para produzir textos de qualidade , os alunos tem de conhecer o estilo literário bem como suas características e finalidades para quem escreve e qual é o gênero que exprime suas idéias . A chave é ler muito e revisar continuamente .
O objetivo é fazer com que um leitor ausente no momento da produção compreenda o que se quis comunicar – e esse desafio requer diferentes aprendizagens .
O primeiro passo é conhecer os diversos gêneros . Mas é preciso atenção isso não significa que os recursos discursivos , textuais e lingüísticos dos contos de fadas e da reportagem , por exemplo , sejam conteúdo a apresentar aos alunos sem que eles tenham identificado pela leitura .
Ensinar a produzir textos nessa perspectiva prevê abordar três aspectos principais : a construção das condições didáticas , a revisão e a criação de um percurso de autoria .
O objetivo do aluno ao fazer a revisão do texto é conseguir que ele comunique bem suas idéias e se ajuste ao gênero . Isso tem de ser feito tanto durante a produção como ao fim dela.
Para que o jovem seja capaz de elaborar um texto com as próprias idéias e dentro das características de um gênero , é preciso que desenvolva um percurso de autoria.
Os gêneros textuais são grandes aliados para varias atividades : leitura critica , produção textual significativa , desenvolvimento da oralidade, conscientização de que a leitura e a escrita estão presentes em tudo que fazemos , etc..
Marcuschi acredita que o conhecimento dos gêneros textuais que fazem parte das interações sociais diárias favoreça tanto a leitura como a compreensão dos textos . O autor considera que

Tendo em que todos os textos se manifestam sempre num ou noutro gênero textual , um maior conhecimento do funcionamento dos gêneros textuais é importante tanto como para a produção como para a compreensão . Em certo sentido , é esta idéia básica que se acha no centro dos PCNs ( Parâmetros Curriculares Nacionais ) , quando sugerem que o trabalho com o texto deve ser na base dos gêneros , sejam eles orais ou escritos ( marcuschi , 2002, p. 32-33 ).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Interpretar e identificar a finalidade de diferentes gêneros textuais
• Adequar o texto ao gênero e identificar omissões e repetições de palavras.
• Produzir os mais diversos gêneros e repetições de palavras .
• Compreender a estrutura , funcionamento e os mecanismos característicos das marcas gramaticais dos diferentes gêneros.
• Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto .


OBJETIVO GERAL

Proporcionar leitura e escrita com diversos gêneros, favorecendo o desenvolvimento da percepção de que no mundo das linguagens, a produção de sentidos é sempre contextualizada, circunstancias em situações especificas de comunicação bem como suas intenções e dimensão social na linguagem estabelecida de cada texto.

PÚBLICO ALVO

Alunos de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental dos turnos Matutino, Vespertino e Noturno com faixa etária de 10 a 18 anos.

METODOLOGIA

• Oficinas – de gêneros textuais.
• Aulas expositivas e diagonal.
• Produção textuais.
• Trabalho em grupo e aplicação de atividades.
• Conversa informal , debates.


RECURSOS

• Slides / computador / impressora
• Transparências
• Caixa amplificada / micro system
• Papel sulfite
• Projetor de imagens ( data show )
• Papel FLIP-SHARP.

AVALIAÇÃO


Processual e continua; através de produção de textos; atividades, participação, apresentação de trabalhos em grupos participando com exposição de trabalhos.

CRONOGRAMA

Indicar as Etapas
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Pré - Projeto X X
Leitura e Levantamento Bibliográfico X X X
Desenvolvimento do Projeto X X X X
Levantamento de Recursos X
Culminância X

A execução desse Projeto terá duração de 10 dias letivos.




AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por não ter deixado de lado os nossos ideais e os nossos sonhos, mesmo sentindo o peso da responsabilidade, pedimos a Ele um pouco de força e um pouco de luz para guiar-nos e fazer-nos acreditar em nossa missão.
A Edna Peixoto pela ajuda na elaboração desse projeto.
A Coordenadora Tereza Ribas e a Formadora Izisllândia pela orientação do mesmo.
A Irene Cristhina pela digitação.
Enfim a todos que contribuíram diretamente e indiretamente para efetivação desse projeto.


















BIBLIOGRAFIA

Andrew , Sebastião
Aprendendo a ler e escrever textos , 6ª serie : manual do professor / Sebastião Abreu , Kátia P. G. Sanches . 1 ed. Curitiba . nova didática , 2004 ( coleção Alet ) .

Nova escola . Ano XXIV . Nº 219 . jan./ fev. 2009 . produção de texto . pags., 39-43.

Serviço social / Fundação Universidade Tocantins; EADCON. Editora Educon , 2008 . Pag. 25 a 33.